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Lixão de Gramacho
Bate
em meu peito um “lixão de Gramacho”,
Exposto
à visitação tão bem pública
Que
vem admirar o próprio esculacho
Para
aprender a viver em república.
Mas
adentra como quem faz devassa
E
vai pisando assim à revelia
Tudo
que reina feliz onde passa
Sufocando
a pouca vida que havia.
Tânatos
expirando sob escombros,
Eros
pintando céus todos de chamas,
Lábios
perambulando por um beijo,
Mas
encontram aí peitos sem ombros
Nesse
tumulto de emoções sem camas
Em
que rolam gemidos e arquejos.
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