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Soneto
a Homero
Feliz
eu seria se nascido Homero,
Poder
homerizar meu próprio verso,
Elevar
a lira com que prospero
Fictício
e real no viver imerso.
Expor em “ilíacas odisséias”
As
peripécias do labor poético
A
ponto de matar por cefaléias
Os
curiosos do pendor estético.
Depois,
virar fumaça no espaço,
Deixando
em suspense várias platéias
Até
que a rolinha fuja do laço.
Mas, que fazer se não nasci Enéias?
Eis
aqui minha lenha para o fogo
Desde
que a luz mostre pros céus meu rogo.
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Gostei!
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